quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Um pouco de história para começar

No auge dos meus trinta e poucos anos, tenho orgulho de dizer que sempre fui poupador, de uma forma inconsciente, já que nunca tive no núcleo familiar exemplos ou sequer conversas sobre educação financeira.

A vontade de acumular patrimônio e  fazer reserva de emergência (na época, obviamente, não tinha conhecimento desta expressão) veio instintivamente. Desde muito jovem tinha receio de passar dificuldades quando fosse velho, de perder o emprego e de não conseguir me sustentar dignamente.

Talvez esse medo tenho surgido por momentos que presenciei na infância/juventude :

-Tio que aos 50 anos perdeu emprego e não conseguiu mais se recolocar no mercado. Ele não tinha reserva de emergência e torrava praticamente todo o bom salário em viagens, novidades eletrônicas etc e até hoje vive com dificuldades e tendo ajuda de familiares.

-Parentes idosos que não conseguiam pagar o próprio plano de saúde e dependiam dos filhos para absolutamente tudo.

Eu tinha plena certeza de que não queria esse destino e tinha mais certeza ainda de que ninguém poderia me ajudar se algum dia eu me encontrasse nesta situação, pois ninguém na família tinha condições de dar esse tipo de suporte.

Estudei em escola pública, passei para universidade pública e desde o primeiro 'salário' de estagiário guardava na poupança uma parte do pouco que ganhava. Fiquei mais velho e assim que me formei consegui o sonhado primeiro emprego. Os aportes na poupança foram aumentando e apenas 28 anos (antes tarde do que nunca) despertei para o mundo dos investimentos em renda fixa e estudos de finanças.

Pretendo com esse blog continuar minha caminhada até a independência financeira sempre estudando e compartilhando tudo que aprendi nesses anos.

Colocarei o acompanhamento da evolução de patrimônio, dicas de cálculos, sugestões de investimentos e histórias da minha vida.

Nos vemos por aí.
Abraços M.R.F.

3 comentários:

  1. E aí, MRF,

    Rpz, comecei a ler os primeiros parágrafos deste post e me identifiquei demais. Eu poderia ter escrito sem mudar uma vírgula, hehehe. A única diferença é que eu só me antenei pra começar a investir de fato no ano passado (tb estou nos meus trinta e poucos e essa parece ser uma realidade pra muitos da blogosfera).

    Vi que vc tem quase metade de sua carteira em debêntures. A minha é quase de 15% e ainda tenho um certo receio em aumentar a porcentagem no meu portfólio, apesar de ser o melhor retorno na RF, agora que a SELIC só cai.

    Tem inteção de mudar sua estratégia de aportes nos próximos meses?

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  2. Ola EP, acredito que as cores do gráfico confundiram (azul claro e escuro), tenho aperas 15% em debs e 49% em lci/lca com liquidez.
    Também tenho receio em aumentar a quantidade de debs por não contar com o FGC. A intenção é iniciar o estudo e aportes em FII nos próximos meses. Os amigos SoulSurfer e Viver de Construção têm bastante material sobre o assunto.
    Abraços M.R.F.
    *te adicionei na lista de blogs!

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  3. Olá MRF,
    Excelente história.
    Também faço igual a você. Fico olhando a má situação das pessoas e me esforço para não ficar igual a elas.

    Abraços.

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